Importância do DNA na Investigação Forense

- A técnica de identificação baseada na comparação de DNA foi intitulada como a maior revolução científica no mundo forense desde o reconhecimento das impressões digitais como característica individual.
- Esta técnica é muito importante na identificação pessoal, visto que a informação do DNA de cada indivíduo é única.
- Enquanto as impressões digitais podem ser modificadas através de cirurgias, não é possível alterar o DNA de um indivíduo.
O DNA de interesse forense pode encontrar-se tanto no núcleo como nas mitocôndrias de uma célula.
Existe um modo rápido e simples de comparar o DNA de diferentes pessoas: O perfil do DNA (contituído por sete etapas):

1. Colecta da amostra: são recolhidas evidências biológicas no local do crime, sendo que as mais comuns são sangue, sémen, saliva, cabelo, pele, urina, unhas, ossos, suor, fezes, músculo, pêlos e dentes.



2. Isolamento do DNA: o DNA é extraído das células ou tecidos das amostras.

3. Corte do DNA: O DNA é dividivo em fragmentos por acção de uma enzima de restrição.

4. Separação dos Fragmentos: as porções de DNA são ordenadas por tamanhos, através da electroforese.

5. Tranferência do DNA: os fragmentos são transferidos para uma membrana de nailon para melhor visualização.

6. Hibridização de Sondas: formam-se segmentos de DNA marcados, através de processos de radioactividade ou fluorescência.

7. Perfil do DNA: é contituído um padrão com bandas de diferentes tamanhos, que pode ser comparado com o de outros indivíduos.



Aplicações deste processo:


- Incriminar os culpados
- Inocentar pessoas falsamente acusadas de crimes que não cometeram
- Corrigir injustiças do sistema judicial
- Distinguie crimes isolados de crimes em série
- Reconhecer corpos mutilados
- Identificar ossos e órgãos humanos
- Investigar a paternidade em casos de violação
- Identificar cadáveres carbonizados ou em decomposição

A análise do DNA deve ser feita de um modo muito cuidadoso, pois este está sujeito a degradações (por acção do calor e da humidade) e a contaminações (por deposição do DNA de outro indivíduo na amostra e devido à sensibilidade dos procedimentos laboratoriais)

Curiosidades:

-O primeiro caso de identificação criminal através da análise e comparação de DNA ocorreu em 1985, na Inglaterra.
-Existem casos (apesar de muito raros) em que o mesmo indivíduo é portador de dois perfis de DNA distintos.
-A probabilidade de se encontrarem duas pessoas com as mesmas sequências de fragmentos de DNA é de 1 em 6 bilhões


Reflexão:
Com a realização deste trabalho foi possível entender como funciona a identificação baseada na comparação do material genético.
Percebi que, por detrás da "simples" comparação entre dois perfis de DNA, existe um longo processo que deve ser realizado com o máximo rigor e cuidado possível, visto que o mais ínfimo erro pode provocar a degradação ou contaminação das evidências criminais.
Concluí também que o DNA é muito importante na investigação forense, visto que a informação genética de cada indivíduo é exclusiva, sendo assim possível identificar qualquer pessoa (salvo raríssimas excepções).
Este trabalho permitiu-me também comprovar que o material genético é, de facto, o suporte de toda a informação biológica, constituíndo algo incomparável.

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