Zonas de Vertente

Movimentos em massa: movimentos descendentes de materiais, feitos lentamente ou rapidamente, causando catástrofes. Podem ser originados por vários factores, como a gravidade, a inclinação do terreno, o tipo de material rochoso da região, a quantidade de água no solo e a variação da temperatura.

Numa vertente, à medida que a inclinação aumenta, mais fácil se torna o deslocamento de materiais ao longo desta.
É a força de atrito que impede o deslocamento de materiais, sendo controlada pelo grau de coesão das partículas e pela vegetação.



Prevenção de movimentos em massa:
- Construção de muros de suporte, instalando sistemas de drenagem interna, tais como drenos sub-horizontais e galerias drenantes.
- Reforço de arbustos e espécies vegetais de crescimento rápido.
- Colocação de redes metálicas.

Zonas Costeiras

Devido ao aquecimento global, o mar tem avançado, levando ao recuo da linha de costa. Assim, torna-se necessária, para o Homem, a construção de obras de protecção, para reduzir os efeitos do mar sobre o litoral.

Protecções do litoral:

Paralelas à costa:

-Aderentes:


-Não-aderentes


Perpendiculares à costa:


Regularização do caudal dos rios

Barragens: Permitem reter água durante um tempo mais ou menos eficiente, para que o leito, a juzante, descarregue a água para o mar, evintando riscos de cheia.
Vantegens: Produção de electricidade e forneciemento de água; irrigação de terrenos; lazer (desportos, pesca).
Desvantagens: retenção de sedimentos; destruição de habitats e ecossistemas fluviais.



Canalização: inclui a regularização, o aprofundamento, o alargamento e a remoção de obstáculos em zonas do leito do rio.

Risco Geomorfológico nas Bacias Hidrográficas

O florescimento de cidades, perto de rios, deve-se à sua utilização como via de comunicação, à facilidade no acesso a água, energia e alimento e à fertilidade dos solos das margens.

Rio: curso de água doce, de cariz permanente.

Caudal:
quantidade de água que passa, por unidade de tempo, numa secção do rio.

Bacia Hidrográfica: toda a região, rodeada de zonas mais ou menos altas, onde está implantada uma determinada rede hidrográfica de um rio.

Rede Hidrográfica: conjunto de um rio e de todos os seus afluentes.

O leito de um rio é o espaço que pode ser ocupado pelas águas, sendo possível distiguir o leito aparente (sulco onde normalmente correm as águas e os materiais que elas transportam), o leito de cheia (espaço do vale que é inundável) e o leito de estriagem (zona ocupada por uma quantidade menor de água).



Risco Geológico dos Rios:


Erosão- remoção de partículas das rochas (do leito e da margem). Deve-se à pressão exercida pela água em movimento, aumentando com a velocidade das águas.



Transporte- transporte de fragmentos sólidos (detritos) pelo curso de água. Pode ser feita por saltação, rolamento, arrastamento ou suspensão.

Sedimentação- deposições dos materias, no leito ou nas margens. Os materiais mais pesados e maiores depositam-se a montante, enquanto os menos pesados e de menores dimensões se depositam juzante.

Ocupação Antrópica

Risco Geológico: probabilidade de corrência de um acontecimento geológico nefasto. Ocorrem mais em locais de instabilidade geológica.

As consequências de um risco podem ser reduzida, desdeque se conheçam os processos geológicos naturais e os materiais rochosos das áreas de intervenção humana.

A ocupação de zonas da superfície terrestre pelo ser humano, com modificação das paisagens naturais, designa-se por Ocupação Antrópica.



Para evitar que a ocpuação antrópica aumente os problemas resultantes da interacção Terra-Homem, é necessário estabelecer regras de ordenamento de território.

Ordenamento do Território: processo integrado de organização do espaço biofísico, para ocupá-lo, utilizá-lo e transformá-lo de acordo com as capacidades do mesmo.

Sistema de Classificação de Whittaker

A Classificação de Whittaker em cinco reinos baseia-se em três critérios:

- Nível de Organização Estrutural: considera o tipo de estrutura celular (células eucarióticas ou procarióticas) e se os seres são unicelulares ou multicelulares.

- Tipo de Nutrição: baseia-se no processo de obtenção de alimento.

- Interacções nos Ecossistemas: interacções alimentares que os seres estabelecem nos ecossistemas.

Evolução dos Sistemas de Classificação

Até meados dos século XIX, os seres vivos estavam divididos em dois reinos, Reino Plantae e Reino Animalia.
- Plantae: seres vivos fotossintéticos, sem locomoção nem ingestão, bactérias e fungos.
- Animalia: seres não fotossintéticos, com locomoção e ingestão (englobando seres uniceleulares e multicelulares.

No século XIX, surgiu um novo reino proposto por Haeckel, o Reino Protista, originando um sistema de classificação em três reinos.
- Protista: seres primitivos e ambíguos, nem animais nem plantas, como as bactérias, os protozoários e os fungos.
- Animalia
- Plantae

Já no início do século XX, Copeland adicionou o Reino Monera, dando origem a um sistema de classificação em quatro reinos.
- Monera: seres procariontes.
- Protista: seres eucariontes unicelulares e fungos
- Animalia
- Plantae

Em 1969, Whittaker sugeriu a colocação dos fungos num reino próprio, o Reino Fungi. Deste modo, apareceu o sistema de classificação em cinco reinos.
- Monera
- Protista
- Fungi
- Plantae
- Animalia


Sistemas de Classificação



Classificações Práticas- classificações dos seres vivos, usando características dos mesmos, para aplicá-las em necessidades primárias/básicas dos humanos (alimentação, abrigo, interesse económico, defesa, etc.)

Classificações Racionais- usam as características dos seres em estudo. Reflectem uma vontade científica de classificar, de distribuir seres vivos por grupos.

Classificações Horizontais- supõe a imutabilidade das espécies e não consideram o factor tempo.

Classificações Artificiais-baseiam-se numa ou em poucas características e não têm a intenção de reflectir proximidades entre diferentes grupos.

Classificações Naturais- baseiam-se em muitas características, de modo a estabelecer proximidades entre grupos de seres vivos, tal como se pensa ocorrerem na Natureza.

Classificações Verticais- são filogenéticas, admitindo o factor tempo. Estabelecem parentescos, numa perspectiva evolutiva.

Neodarwinismo - Teoria Sintética da Evolução

Apesar de no século XX ser já aceite pela comunidade científica, o Darwinismo não explicava os mecanismos responsáveis pelas variações existentes nas espécies e o modo como estas de transmitiam de geração em geração.

Em 1942 surgiu o Neodarwinismo, ou Teoria Sintética da Evolução, que abrange a variabilidade genética e a selecção natural.

A selecção natural actua sobre a diversidade, sendo que esta tem como fonte primária a ocorrência de mutações e como fonte mais próxima a recombinação genética.

Mutações- são a fonte de novos alelos (novas formas génicas), pois apesar de, na sua maioria, trazerem inadaptção (sendo eliminadas por selecção natural), há algumas que não trazem qualquer adaptabilidade especial e outras que podem até trazer vantagens. De qualquer forma, os novos genes são adicionados ao fundo genético da população.



Recombinação Genética- através da meiose e da fecundação, os genes do fundo genético sofrem recombinação nos indivíduos da mesma espécie, aumentando gradualmente a variabilidade genética.

Partindo da variabilidade, o indivíduo com a combinação genética mais vantajosa é seleccionado, em relação a outros, menos favorecidos, da mesma população. Quanto maior a diversidade, maior é a capacidade de adaptação a mudanças do meio.

Assim, a evolução é a mudança do fundo genético da população.